terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resenha #8: Morte Súbita

       Finalmente vou resenhar um best seller. Pois então, J.K. Rowling foi a primeira autora que eu li, e salvou a minha adolescência. Ou não, talvez sem ela eu não teria me tornado tão reclusa, trancada no meu quarto lendo. Mas enfim, continuo achando que ela salvou a pior fase da minha vida (eu sou potterhead). Fiquei super empolgada para ler o livro não-Potter, e sinceramente me decepcionei um pouco. Não que seja ruim, mas acho que criei expectativas demais e acabou não sendo tão bom assim.



        Vamos aos fatos. O livro se passa no vilarejo de Pagford, na Inglaterra, e começa com a morte de um importante membro do Conselho Distrital, que era composto por pessoas que podiam ser considerados como os "governantes" do lugar, quando uma pessoa morria, a vaga entrava em vacância, ou seja, precisava ser preenchida por outra pessoa, por meio de nomeação ou eleições.
         O vilarejo era pacato, com pessoas extremamente conservadoras, uma classe média totalitária completamente cega e negligente para com a pobreza, o que fazia a proximidade com a cidade de Yarvil um incomodo desnecessário, assim como o fato de o vilarejo ter que arcar com as despesas sobre o bairro de Fields, um lugar onde viviam essencialmente drogados, e pessoas com problemas familiares escandalosos demais para os pagfordianos. O que piora ainda mais a situação, é o fato de um prédio pertencente a Pagford esteja alugado à um centro de reabilitação, coisa considerada inadmissível para os conservadoristas da governança.
          Assim, Barry Fairbrother, o Conselheiro morto, era a favor de Fields continuar sendo "pertencente" ao vilarejo, e com sua personalidade forte e querido por todos, conseguiu fazer uma campanha pró-Fields e manter o lugar, porém com a sua morte, Howard Mollison, presidente do Conselho, estaria mais perto de realizar o sonho de se desvincular de Fields, e pôs-se a trabalhar para colocar um Conselheiro que siga suas ideias no lugar do morto.
         À partir desses fatos começam muitas intrigas e rixas em Pagford, entre vários habitantes da cidade, e é isso que o livro retrata, o que acontece com a classe alta até a mais baixa da sociedade, mostrando o descaso das autoridades para com as pessoas que realmente necessitando de ajuda, tirando delas o que as ajuda a irem atrás de uma vida melhor. Acima de um best seller e de uma história de mortes, intrigas, sexo e drogas, o livro é uma crítica à sociedade extremamente capitalista e elitista na qual vivemos.

Companheiros de uma madrugada de insônia.
         Achei a crítica muito boa, o livro tem uma história ótima e um enredo melhor ainda, com aquele começo, meio e fim muito bem feito, porém, ainda acho que esperava mais da Rowling, pois tratou de temas profundos de forma muito superficial, deixando o livro bastante superficial também, focando demais na morte do personagem do começo da história e esquecendo de ponto importantes que poderia ter abordado. Mas, vale a pena a leitura, é gostosa, leve e bem escrita.

5 comentários:

  1. Às vezes eu penso em dar uma segunda chance pra Rowling - já te disse como foi minha relação com Harry Potter... -, mas essa resenha não me estimulou a começar. É que tem tanto livro que fala sobre esse lado mais marginal do mundo de forma tão profunda, que acabo deixando esse de lado.

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    1. Obs.: Qual o problema de ser recluso, trancado no quarto lendo?

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    2. Realmente, a Jo é famosa, mas acho que ela devia ter parado em Harry Potter e ficar eternizada por ali mesmo.

      O problema é que a sua vida social, quando você precisa dela, é nula. Outra coisa, eu comecei a ficar reclusa com 8 anos, você, com 18, então não diga nada.

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  2. Eu realmente preciso me dedicar mais a J.K, por que depois do quinto Harry Potter não consigo ler mais nada dela, tenho uma grande curiosidade sobre o Morte Súbita, porém tenho um enorme pé atrás, não sei como lidar com isso. :(


    Beijoos;
    Lizz
    http://livrosecores.blogspot.com.br/

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    1. Oi Lizz, que bom te ver por aqui! Pois é, tenho isso com muitos autores também, mas, siga em frente, tem outros autores muito melhores por aí esperando para serem descobertos, né!

      Beijos!

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