domingo, 22 de janeiro de 2017

¿Hablas español? Buenos Aires!

¡Pero que no! Mas fui visitar os hermanos mesmo assim! 


   A única coisa que queria nessas férias era arejar a mente, e como tinha economizado uma graninha, já com esse objetivo... Bora aproveitar a promoção de passagens pra Argentinaaa!
  Pois é, saí do aeroporto de Florianópolis/SC no dia 07 de Janeiro de 2017, às 09:45 de uma manhã nublada, e cheguei ao Aeroparque de Buenos Aires às 10:55 de uma manhã ensolarada e muito, mas muito quente! 
  Fui acompanhada do meu querido primo que me aguentou (porque não é fácil) durante 8 longos dias. Apesar de ter parecido muito menos tempo. 
   Ok, vamos aos detalhes! 
   Viajamos com a Aerolineas Argentinas, buscando na internet achei muitas reviews bem ruins sobre a empresa, até a classificando como uma das piores empresas aéreas do mundo. A experiência que tive na verdade foi muito boa, uma das melhores com as quais já viajei, de longe muito melhor do que as low costs europeias. 
    Saímos adiantados do Brasil, assim como saímos adiantados de Buenos Aires na volta. O voo foi super tranquilo, como pegamos a volta com escala em Mendoza, foram três lanches, e achei-os bem válidos! O café da manhã tem bolos e bolachinhas, o almoço é um snack, mas muito bom, e a janta me surpreendeu, dois sanduíches muito bem apresentados! Ainda dava pra despachar bagagem e levar mala de mão. Pra quê melhor? Nota 10 pra empresa! :) 

Cara de quem ficou doente na viagem! 


   Nosso hostel em Buenos foi bem legal também, é o 70 30 Hostel, muito bom, os staffs ajudaram um monte, mas, a limpeza do chuveiro me incomodou um pouco :( tirando isso, perfeito. Achei a localização ótima, apesar de não ser no centro onde há a maioria das atrações, fica em Palermo, que é um bairro cheio de restaurantes e bares, todos mais baratos do que no centro ou na Recoleta. Além do que é muito fácil de se locomover pela cidade, eu infelizmente não aluguei uma bicicleta, mas a cidade é cheia de ciclovias, cheias mesmo! E, o melhor de tudo, não tem morro! Então, é uma boa ideia (ótima ideia) alugar a bike e passar o dia passeando pelos parques e pontos turísticos.



    Quem não curte muito a ideia, pode comprar o Sube, o cartão para usar o metrô e os ônibus. Normalmente, você pode comprar em qualquer estação de metrô, por míseros 25 pesos argentinos, que já vêm como carga. Porém, era sábado quando chegamos, e nenhuma estação tinha cartões disponíveis para compra, tivemos que comprar em um kiosko, que nos cobrou absurdos 60 pesos e sem carga alguma. Pois é... 
     Mas, apesar de tudo, valeu a pena, a rede de metrô fecha às 22h30, mas os ônibus funcionam a noite toda, e sempre tem um passando pelo ponto. Vale baixar um aplicativo chamado Cómo Llego para descobrir qual linha pegar, pois, apesar de o Google Maps funcionar bem, é bom ter uma via de escape. 
    Ah, muitos lugares tem WiFi livre, e que funciona, mas é aconselhável comprar um chip de lá mesmo pra quem vai ficar mais tempo, tentamos comprar no aeroporto mas não funcionou no celular, por sorte, encontramos uma amiga que tinha e nos ajudou a chegar nos lugares certos. 
     Sobre o câmbio, de acordo com as pesquisas que fiz antes de sair, o melhor câmbio é no Banco Nación, tem nos dois aeroportos. Na troca, 5,70 pesos é igual à R$ 1,00. Mas não dá pra ficar muito animado não, os preços de lá equivalem aos preços daqui, infelizmente. Mas dá pra rachar uma pizza com os amiguinhos, comer bem, e pagar relativamente pouco. E sempre tem o McDonald's, claro. 
    
   Passada a parte prática... Vamos ao que interessa! Vou ser sincera e dizer que tentei não gastar muito na viagem (não fui muito sucedida mas...), e acabei não indo na maioria das atrações pagas, e esqueci de ir em algumas também, por falta de anotação. Mas, o principal, eu fui (eu acho)! Ah, e vale dizer que fiquei com amigdalite no terceiro dia de viagem, na segunda (dia 09), e acabei indo parar no hospital para conseguir receita de amoxicilina... Complicado né! Mas fui muito bem atendida, fui de manhã, marquei para de tarde, cheguei bem antes do horário e já fui atendida (30 segundos de atendimento muito esquisito porque, como eu disse, não sei falar espanhol! Só abri a boca e o médico disse "que plaquitas horribles, amoxicilina niña!" haha). 

Primeiro dia, 07/01/2017: 

  Chegamos ao Aeroparque às 10:55h, trocamos nossos realitos por pesitos, troquei R$ 700,00 e deu para a viagem toda! Ainda poderia ter economizado mais. Como o Uber não estava funcionando no aeroporto, tivemos que ir de táxi até o hostel, pois também não havia venda de Sube por lá. Já avisando que os táxis não são muito bem vistos por lá, tem até um episódio de uma série chamada Capitais do Delito (tem na Netflix) que fala sobre as malandragens dos taxistas. E, realmente, pelo valor que deu a corrida até o hostel, provavelmente o taxímetro estava adulterado, pois em outras ocasiões pegamos o Uber para atravessar a cidade e deu menos da metade... Enfim, foi mais ou menos 180 pesos. 
  Chegamos ao hostel e como o check-in só começava às 15h, pedimos indicação para almoço, e foi a melhor comida da viagem toda! Anote aí: Burger Joint. Fica em Palermo na Jorge Luis Borges. Vá! É relativamente barato, a cerveja é muito boa e o hambúrguer maravilhoso. 


  Depois, resolvemos andar. E não foi uma decisão muito boa visse! Estava um dia absurdamente quente, meu tênis que um dia foi confortável se tornou um inferno, e meu pé, no final do dia caro leitor... Nem imagine. Mas, vimos coisas lindas! Ah, aqui fica a dica da bicicleta. Fomos a pé em direção ao Rosedal e Jardim Japonês, e com uma bicicleta seria mais do que perfeito. 
   Acabamos não conseguindo entrar no Rosedal, mas o Jardim Japonês valeu a pena. É um pouco caro, 95 pesos, mas o lugar é muito bonito, tem uma vibe budista muito gostosa, e tem água de graça! Isso mesmo, de graça! Água! Foi uma alegria descobrir isso. Ah, detalhe: a água na Argentina é um pouco salgada. 





   Retrocedendo um pouco, antes de irmos ao Jardim, fomos ao Planetário, mas estão em recesso até Fevereiro....... Era um dos lugares que mais queria conhecer! 
    Enfim, após o Jardim, fomos ao Malba, Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. Muito lindo! A entrada é 100 pesos, um pouco salgada, e, vou ser sincera e dizer que acredito que não vale muito a pena. Mas, uma coisa valeu a pena, ver um original da Frida Kahlo.

Autoretrato con mono y loro, de 1942.


    Saímos do Malba e pegamos um Uber para a livraria El Ateneo Grand Splendid, que era um teatro, e virou uma livraria, mantendo todo o seu esplendor. Para um aficionado por leitura, foi uma experiência magnífica!






     Depois, fomos em busca do nosso cartão Sube, e acredito que ficamos uma hora tentando achar... Quando enfim conseguimos, extorquidos, fomos ao Cemitério da Recoleta, mas, descobrimos que as portas fecham às 17h30, e já era 19h. Viagem perdida. 
     Voltamos ao hostel, tomamos aquele banho revigorante (num box um pouco sujinho), enchi meus pés de band-aids e fomos comer a famosa parrilla. Recomendaram-nos um restaurante perto do hostel chamado La Barata, e fomos nós lá. Quando a carne veio, descobrimos que era muita muita muita carne, e o pior, sem sal!! Sem nenhum temperinho!! Gente, que desespero... E para meu mal estar, estava mal passada. Comi um pedacinho e passei mal a noite toda. Socorro! Dizem que tem restaurantes melhores, portanto, recomendo que não vão à este que vos falo.



Segundo dia: 08/01/2017

    Saímos às 10h no domingo, e não tinha viv'alma na rua. O povo lá já acorda tarde, imagina no domingo. Fomos de ônibus ao bairro Boca, onde fica o famoso Caminito. Uma rua com casinhas coloridas que já estão desabitadas. Dica: se não quiser desembolsar uma grana federal, não tire fotos com as pessoas vestidas de dançarinos de tango.








       Tinha muitos e muitos turistas, mesmo naquela hora. Encontramos uma amiga e fomos à Feira de San Telmo, no bairro, San Telmo. É uma feira que só ocorre aos domingos, uma rua inteira fechada de barraquinhas de coisinhas pra vender, perto do Mercado de San Telmo, que, esse sim, abre em dias normais.






A famosa estatua da Mafalda fica lá também, mas é uma fila gigante para tirar fotos! Infelizmente não consegui sentar no banquinho com ela.
      Por incrível que pareça, só comprei alguns Palo Santos, que é uma madeira que tem um cheiro maravilhoso, dois imãs lindinhos e um postal da Frida Kahlo (que não tem nada a ver com Argentina mas e daí?). Lá tinha lojas maravilhosas, lindas, cheias daquelas coisinhas fofas e coisas de papelaria que juro, se eu morasse lá... Comprava quase tudo (se trabalhasse num daqueles edifícios perto de Puerto Madero, claro).
     Almoçamos por lá mesmo, comemos pizza com coca, que dividindo ficou 100 pesos pra cada, carinho, mas... Ah, as pizzas lá são retangulares! E muito boas. 
      Depois fomos ao Cemitério da Recoleta e à Floralis Generica.


Túmulo da famosa Evita Perón, atriz e política muito famosa na Argentina.

A Floralis Generica é uma escultura do artista Eduardo Catalano, que segue o sol! Pois é, como o dia estava nublado ela abriu só um pouquinho. 
     Nos despedimos da amiga e fomos à Avenida 9 de Maio, a maior avenida do mundo. É grande mesmo, mas, engana, pois tem vários canteiros no meio. Lá é onde fica o Teatro Colón, que não entramos pois era 250 pesos... E também o Obelisco e as letras BA, ótimo pra tirar fotos, e cheio de turistas por consequência.



   Voltamos ao hostel, descansamos, depois encontramos a amiga no hostel dela e fomos aos arredores do Cemitério da Recoleta, onde há vários barzinhos e restaurantes, um em especial chamado Buller Pub, com cervejas artesanais e um ambiente bem legal. Como era domingo a noite não tinha muita gente nas ruas e tudo fechou bem cedo, acabamos indo para o hostel da amiga e voltamos ao nosso lá pelas 4h. 

Terceiro dia: 09/01/2017 

  Esse foi o dia em que acordei com amigdalite e fui ao médico. Passei o dia até a consulta morgada na cama do hostel, com febre e dor, mas depois fomos almoçar no subway (rá!) e encontramos nossa amiga no Puerto Madero. Assim que descemos do ônibus começou uma tempestade tensa, ainda que nos refugiamos num McDonald's por mais de uma hora. Quando saímos ainda tinha um vento muito frio, graças à minha amiga que me emprestou um casaco, porque a inteligentona aqui não levou nenhum. Vimos um arco íris lindo, e a ponte da mulher, e voltamos para o hostel. Naquela noite, jantei sopa de microondas. É. Não é fácil ficar doente viajando.



Quarto dia: 10/01/2017 

  Nesse dia, fizemos o check-out no hostel logo às 10h, e pegamos o Uber para o terminal de Buquebus, chegando lá descobrimos que só teria barco para Colonia del Sacramento às 15h, portanto, ficamos um tempão esperando, ainda que tinha WiFi e carregador de celular. Não aconselho a comer no restaurante lá, só uma água foi 85 pesos. 
      

2 comentários:

  1. Saudades de Buenos Aires ♥ Acho a livraria Ateneo uma das mais fantásticas que eu já vi na vida, parece ser tão mágico hahahaha e apesar de parecer creepy suficiente eu acho o cemitério da recoleta é um dos passeios que não da para dispensar, a estrutura do lugar é muito encantadora além dos gatos que transitam por lá, dando um charme a mais, quando eu fui me deparei com vários, bem mansos, pedindo carinho heheh ♥

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    1. Oi Luu! Simmmm, Ateneo, fiquei embasbacada com a beleza daquele lugar, sério! E o cemitério, creepy, porém, must! Os gatos dão todo aquele charme, infelizmente, não tirei fotos de nenhum :/

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