sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Resenha #21: A Culpa é das Estrelas


"- Vai chegar um dia - eu disse - em que todos vamos estar
mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar
nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu
ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai
sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra,
quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos,
pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui - fiz um
gesto abrangente - vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue
logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo
sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. Houve
um tempo antes do surgimento da consciência nos organismos vivos,
e vai haver outro depois. E se a inevitabilidade do esquecimento humano
preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. Deus sabe que é
isso o que todo mundo faz." Pg. 19.

     Pois bem, farei uma resenha de um livro pelo qual tinha certa... aversão. É, porque aquele negócio de todo mundo falando "ah John Green é demais" e tal, me deixou meio com o pé atrás em ler este livro, maaas, quis saber se era realmente tudo aquilo que estavam falando por aí, e... bem, acompanhe. 

     Hazel Grace Lancaster, é uma adolescente em estado terminal com câncer na tireoide com metástase nos pulmões, ou algo assim, confesso que não fui muito bem com os termos científicos do negócio todo, e também não pesquisei, mas agora sinto que devia ter pesquisado, mas não faz mal, vamos lá. Hazel tem 16 anos, e é a cópia da Natalie Portman em V de Vingança. Isso é o que Augustus Waters acha dela. Augustus teve câncer também (não lembro que tipo, por favor, não exijam demais de uma leiga), e perdeu uma perna por isso. Eles se conhecem num Grupo de Apoio à pessoas com câncer, onde Augustus vai acompanhando seu amigo Isaac, que tinha câncer nos olhos, e tinha um olho de vidro, e estava prestes a ficar cego. 
     Logo após o Grupo, que acontecia às quartas-feiras, Hazel e Augustus vão para a casa dele assistir V de Vingança, onde acabam compartilhando seus livros preferidos, o de Hazel Uma aflição imperial, de Peter Van Houten, e o de Augustus (Gus para os íntimos) O preço do alvorecer. E aí é que começa a estória. Os dois viram super amigos, e, é claro, apaixonam-se, e aí vem a história do O.k., O.k., que na verdade é inspirado no Isaac e sua namorada, Monica, que têm como lema sempre. Pois é. 

      Digo uma coisa: não é um livro ruim. Longe de mim falar uma coisa dessas! John Green escreve muito bem, é uma escrita leve, então dá pra ler o livro em menos (muito menos) de 24 horas. E como a história também é leve, acaba sendo gostoso de ler. É bonitinho também, pois é um romance, e romances são bonitinhos, mas, acontecem coisas tristes, porém, não chorei em nenhum momento, e nem tive vontade de chorar, e nem fiquei com uma crise existencial após o término da leitura, ou seja, nada do que aconteceu com os "fãs" aconteceu comigo. Não é uma coisa ruim, eu só não achei o livro tão bom assim, sinceramente, prefiro Os Diários de Carrie, é mais real, eu acho. Ou não sei, eu só prefiro, talvez por não ter me apaixonado tanto assim pelos personagens, talvez pelo fato de no começo a Hazel falar que não é um livro sobre câncer, mas no fim acaba sendo um livro sobre câncer com uns beijinhos. Não me matam, não me apedrejem, o livro só não me atingiu como à maioria. Mas não é ruim, numa escala de péssimo à ótimo, classificaria como bom. 
       Outra coisa: o livro Uma aflição imperial não existe, mas foi criado para aparecer no filme de A Culpa das Estrelas que será lançado em breve. E O preço do alvorecer também não existe. Péssimo né. Mas beleza. 


  • Livro: A Culpa é das Estrelas
  • Editora: Intrínseca
  • Autor: John Green
  • Lançamento: 2012
  • 288

11 comentários:

  1. Estava ansioso pra essa sua resenha desde quando você falou que ia ler esse livro no seu vídeo. Acontece que eu também compartilho (compartilhava, já que você resolveu esse problema) do preconceito com John Green. Só que não é bem porque todo mundo fala dele, embora isso não ajude. Deixa eu tentar explicar ocupando o mínimo possível de linhas. Meu preconceito não é só com o autor (embora eu não goste muito de livros adolescentes), meu problema é com o tema. Dois adolescentes com câncer em estado terminal se apaixonam...isso se chama alavanca emocional. A história nem as personagens têm força para se sustentarem, por isso a tragédia não pode ser pouca. E fica pior, eles envolvem todo um grupo de apoio, quanto mais deprimente poderia ficar? E até que poderia ser bom, nas mãos de um autor sério e extremamente competente - uma Virginia Woolf, talvez, que não faria isso porque seria fácil demais -, mas ele é autor de livro juvenil, não pode aprofundar muito, se não quebra os leitores, entende o que eu quero dizer? Ele até poderia, quem sabe, ser bom o bastante para aprofundar, mas não pode por questões mercadológicas. Estou sendo preconceituoso demais? Isso é parecido de alguma forma com a sua impressão da leitura? Eu, repito, não li, mas só não li porque tenho certeza que vai ser essa a minha conclusão no final. (talvez, se você tivesse amado o livro, pensasse em dar uma chance, mas só um "bom"...)

    Obs.: Por que toda a vez que eu entro no seu blog, dá dois minutos e toda a página vira um link para curtir o seu facebook? Você já ouviu isso de outra pessoa alguma vez, porque comigo acontece direto. Não é problema, só tenho que ficar atualizando a página, se não trava tudo, já que não tenho face pra tinha curtir, do contrário eu faria, juro. Tem ideia do que pode ser isso?

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    1. Raphael, pare de ser preconceituoso e de uma chance ao pobre João Verde! kkkķkkk

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    2. Concordo com a Camila: dê uma chance, poxa! O cara não é tão ruim assim, e nem a história é tão ruim assim, só tem gente que se identifica e ama, e tem gente não. Quanto ao blog, vou dar uma olhada no que pode ser isso!

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  2. Só li dois livros do John, mas acho ele um escritor muito bom. Nessas ferias vou ler os outros livros dele.
    Bem, eu tenho uma tatuagem sobre esse livro, então dá pra notar que eu gosto muito. kkkkkk
    Chorei no final e fiquei triste quando descobri que os livros não existiam. :(
    Vc é a segunda pessoa que conheço que disse que não chorou com o livro.kkkk
    Acho que fiquei tão assim, pois me envolvi demais com os personagens. Agora estou louca pra ver o filme! ;)

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    1. Pois é, eu vi sua tatto! Muito legal! Pois é isso que eu falei, tem gente que se envolve, se identifica, e tem gente que não! O que foi o meu caso. Gostei do livro, só não me envolvi o suficiente para amá-lo, também quero ver o filme!

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  3. Acho o John Green um excelente escritor e compartilho da sua opinião. Eu gosto do livro, acho bem bacana, mas estou longe de ter esse amor inenarrável que praticamente todo mundo jura ter pela a história. Dos livros que eu li do John Green, prefiro muito Quem é você, Alasca? Esse sim me fez parar para pensar. Essa sim foi uma leitura de tirar o fôlego, mas muita gente não gosta exatamente por ele não fazer o estilo de A Culpa é das Estrelas. Ele é um pouquinho mais maduro e bem menos romantizado.

    Beijos
    aquelaborralheira.blogspot.com.br

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    1. Partilhamos da mesma opinião então, Jana! Agora fiquei curiosa para ler Quem é você, Alasca?, próxima leitura do João Verde (pra ano que vem, por causa da maldita promessa).

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  4. Olá, como vai?
    eu li e... não curti. Achei tão sem graça. Breguinha. Mas, acho que é pq tb eu n curto YA, aí, complica.
    mas conheço muita gente que ama este livro.

    http://incriativos.blogspot.com.br/

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    1. É, aí complica! Não achei ruim, mas também não achei tudo aquilo, sabe!

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  5. Eu tinha a mesma opinião que você sobre o John Green e então resolvi ler "Quem é Você, Alasca?" e me apaixonei pela história, foi um dos melhores livros que li em 2013. Recentemente li "Cidades de Papel" e gostei mas não tanto quanto o outro. Ainda não li "A Culpa é das Estrelas" nem "Teorema Katherine" mas acredito que não vou me apaixonar taaaaaanto assim por esses livros...
    O fato é que dei uma chance para o autor e realmente gostei!
    Talvez eu leia os livros dele que eu ainda não li maaaaas não tenho certeza R$R$
    Beijooo!

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    1. Oi Carol! Pois é, já ouvi falar bem de "Quem é Você, Alasca?", dizem que é o melhor dele, né? Quem sabe um dia eu leia!
      Sei como é essa parte do R$R$ hahahaha
      Beijos!

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