sábado, 25 de janeiro de 2014

Resenha #25: O Livro Perdido das Bruxas de Salem



“- Que a gente possa ter uma vida inteira, com todas as nossas opiniões, os nossos amores, os nossos medos. Com o tempo, todas essas partes de nós desaparecem. E depois as pessoas que poderiam se lembrar dessas partes também desaparecem, e de repente tudo o que resta da gente é o nosso nome em algum registro.” (pg. 78)

O Livro Perdido das Bruxas de Salem, de Katherine Howe, me conquistou. Fez-me querer morar num casinha no meio de um monte de flores, ervas e árvores, numa cidadezinha pequena e cheia de mitos e histórias. Na verdade, me fez querer ser meio bruxinha.
Esse livro é muito especial, foi a minha primeira, e única, troca por meio do Skoob, e veio todo lindo e charmoso, com um marcador perfeito! Troquei Dom de Natal, da Nora Roberts, por ele. E valeu a pena, não me arrependo nunca! Até porque Nora Roberts não é, nem de longe, nem de muito longe, minha autora preferida, né. Mas sem mais delongas, lhe apresento O Livro Perdido das Bruxas de Salem.


O marcador que veio junto, simboliza Fim de Tarde em Canterbury.
A história gira em torno de Connie Goodwin, no ano de 1991, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Connie estava fazendo a dissertação de doutorado em Harvard, afinal, queria fazer parte do corpo docente da universidade, sendo que este ano ela se dedicaria inteiramente aos estudos, mas é claro que sua mãe, com quem ela nunca realmente se entendeu muito bem, iria estragar seus planos. Grace queria que a filha fosse reformar a casa da avó, que ficava na cidade de Salem, para vendê-la.

Mandrágora, planta que parece uma pessoa, lembra de Harry Potter e a Câmara Secreta? Exatamente. É uma planta muito associada à bruxaria.
No condado de Essex, onde se localizava Salem, aconteceram julgamentos de “bruxas” no ano de 1692, onde mais de 150 pessoas, na maioria mulheres foram acusadas de bruxaria, e mais de vinte condenadas à forca.
Quando Connie chega à casa abandonada da avó, acaba se deparando com um misterioso nome Deliverance Dane, e uma chave, tão misteriosa, e antiga, quanto. Ela acaba descobrindo que essa mulher viveu na década de 1692, e se ocupava de curar pessoas doentes receitando remédios e poções, e descobriu a existência de um livro muito importante para Deliverance, e que acaba se tornando imprescindível para as pesquisas de Connie no seu doutorado e na descoberta de seu passado, e futuro.
Junto com a história de Connie, temos um pouco da vida das pessoas que ela investiga, mas aí não vou falar muito, ou seria um mega spoiler. Portanto, descubra! Só acrescento que ela acaba conhecendo pessoas que serão muito importantes nas suas descobertas, e também descobre que pessoas próximas a ela não são confiáveis.

“- Você não acha interessante? – perguntou ele. – Eu sempre fico intrigado com os diferentes modos com que se pode escolher como seguir uma crença. Olha só para isso: eles vêm de toda parte. Nós celtas, filosofia oriental, a Nova Era. O passado e opresente implodiram num bufê de opções equivalentes, todos em busca do divino. É fascinante. Esse elemento pagão autêntico é uma das razões por que viver em Salem é tão interessante, mesmo para um agnóstico desiludido como eu.” (pg. 141)




Um fato interessante é que a autora Katherine Howe é descendente de Elizabeth Howe, enforcada como bruxa em 1692, e de Elizabeth Proctor, que escapou da execução por estar grávida na época, e esta ainda é personagem de uma famosa peça, As Bruxas de Salem, escrita por Arthur Miller em 1953, adaptada para o cinema 1957 por Jean-Paul Sartre, intitulada de Les Sorcières de Salem, e em 1996 pelo próprio Miller com o nome de The Crucible.



Eu preciso dizer novamente que esse livro me encantou, eu andei pesquisando sobre a autora, pois lembro de ter lido algo de que ela é formada em história, porém não achei nada que dissesse isso, então não sei se eu imaginei ter lido ou realmente li, mas o que importa é que ela se baseou em fatos históricos reais, e coloca isso no livro de uma forma muito interessante, ao final do livro, ela dedica um capítulo para explicar todos os dados que ela nos passou e uma breve história do que realmente aconteceu. Muito interessante!
Gostaria de encontrar mais livros assim, sei que ela escreveu mais dois livros, porém não foram publicados no Brasil, The House of Velvet and Glass Conversion. Isso significa que tenho que agilizar minhas leituras em inglês para poder lê-los, né.
Enfim, super indico, e se fosse para dar nota, de 0 à 10, seria 10!
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  • Livro: O Livro Perdido das Bruxas de Salem
  • Autora: Katherine Howe
  • Editora Suma de Letras
  • Lançamento: 2009
  • Páginas: 357



2 comentários:

  1. Bom, senti tudo que vc sentiu lendo esse livro. Não larguei a leitura por nada e me vi totalmente envolvida com a história da protagonista. Fui literalmente transportada pra dentro da história dela <3
    Esse livro está, com certeza absoluta, entre os melhores na minha lista!
    E a autora é um amor!! Extremamente carinhosa e receptiva em todas as redes sociais!
    Adorei a resenha =)

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    1. Ei Blair Boo! Acabei de descobrir que você é resenhista do Foforks. Caramba, eu vivia no Foforks quando era super super super fã de Crepúsculo(!!), tinha até começado uma fanfic num site que vocês são, ou eram, parceiros. Também entrou na lista de favoritos, e realmente, a autora até me enviou um Obrigada (em português!) no twitter! Fiquei tão feliz. hahaha Que bom que gostou, fico muito feliz!

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