221b, Baker Street, London.

Oh, Londres... A cidade da magia, onde tudo pode acontecer. A cidade da literatura, dos clássicos, de Arthur Conan Doyle, Agatha Christie, Charles Dickens até J. K. Rowling, Londres tem nos presenteado com o melhor da literatura. Quando eu pisei naquela cidade linda, lá por volta de 27 de dezembro de 2014, eu vi o porquê de ser tão inspiradora: cosmopolita, ao mesmo tempo conservadora e liberal, é uma cidade que conquista os corações dos apreciadores da arte da literatura (ou qualquer outro tipo de arte). Eu, voraz leitora de Harry Potter, perseguidora das aventuras de Sherlock Holmes e Dr. John Watson, e claro, Monsieur Hercule Poirot, me senti flutuando em um sonho de pura alegria ao ver cenários que apenas imaginava ou via em filmes e seriados. 

Nesse post, vou falar de um lugar que me arrebatou, que abriu um sorriso eterno em meu rosto: 221b, Baker Street: o Museu do Sherlock Holmes, ou melhor, o estúdio que Sherlock e Watson dividiram por 25 anos entre uma aventura e outra, de 1881 a 1904. 

Ah, e já falei um pouco de Sherlock nesse post aqui e aqui.

O museu foi fundado em 27 de março de 1990, o número 221b não existia na Baker Street, por isso uma casa teve seu número modificado, e foi reformada para se parecer com a casa que Doyle descrevia em seus contos. 

A entrada para o Museu custa 10 libras, e você compra na lojinha abaixo da casa, uma loja cheia de artigos Sherlockianos, e é claro que se você for um viciado nas aventuras do detetive vai comprar muitas coisas (como eu). Todos os funcionários estão caracterizados como personagens da época Vitoriana, temos o Detetive Lestrade recepcionando na entrada da casa, e Mrs Hudson nos auxiliando na visita. Na entrada, podemos colocar o chapéu coco ou o chapéu aclamado por Sherlock e tirar uma fotinho com o querido Lestrade. 

O quarto do Sherlock e suas bugigangas.

O ticket de entrada é também um guia de como o museu foi feito inspirado na casa, aqui vou traduzir um pedaço do ticket que fala um pouco sobre como eles se inspiraram em passagens dos livros para decorar o Museu: 

"O apartamento 221b estava situado no primeiro andar de uma casa de habitação, cuja dona era Mrs. Hudson. Eram 17 degraus do chão até o primeiro andar do estúdio que Holmes e Watson dividiam. 

Nós sabemos pelas descrições do Doutor Watson que a sala de estar com vista para a Baker Street era iluminada por duas amplas janelas e que era um pouco pequena: em uma ocasião Holmes saiu do seu quarto e deu um salto através do estúdio para fechar as cortinas, e em outra ocasião, um homem entrou no seu estúdio, e era tão grande que ele quase encheu o pequeno comodo. 

O quarto do Doutor Watson era no segundo piso perto da sala de Mrs. Hudson, e tinha vista para um jardim aberto na parte de traz da casa. Estes comodos são utilizados agora para exibição, onde no seu centro fica um magnifico busto de bronze de Mr. Holmes."

Por todo museu há objetos que podemos identificar de contos, além de estátuas de cera encenando personagens e cenas, principalmente de crimes, também há objetos utilizados nos crimes que Sherlock guarda e suas quinquilharias, como o violino que ele toca o tempo todo, seu cachimbo, chapéis, frascos de conteúdo duvidoso, já de Watson temos a maleta de médico, livros, um exemplar de um conto escrito a mão em seu quarto entre muitas, muitas outras coisas. 

O caso da Liga dos Cabeças Vermelhas.

Lá dentro você se perde nas lembranças dos livros, tentando descobrir de qual conto era tal objeto, e além de ser super divertido tirar fotos junto com os bonecos de cera, vez ou outra se metendo na frente de uma arma. 

Sim, eu sou idiota ás vezes.

O cão de Baskerville, e embaixo o livro com a compilação de cartas. 

No último andar, vemos um compilado de cartas que pessoas do mundo todo enviam para a Baker Street buscando auxilio do grande detetive, a maioria das cartas são de crianças que acreditam realmente estar pedindo ajuda para um detetive real, tal é a fama do nosso querido Sherlock. 

Deixamos nosso bilhetinho também, porque somos legais haha G and L. 

A fila para entrar no museu é imensa e até a lojinha fica cheia de pessoas querendo ver tudo o que elas podem levar do Sherlock para casa. É simplesmente apaixonante! 

Estátua de Sherlock perto da estação de Baker Street.