sábado, 25 de julho de 2015

Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual.


Lembro que o mundo não gira ao meu redor... 
que sou uma parte muito pequena de um planeta, 
que faz parte de um sistema, que faz parte de uma galáxia, 
que, como milhares de galáxias, faz parte do universo. 
Isso me lembra que sou parte de um todo... 
infinito e eterno. 
- Mariana.

  Medianeras é um filme que quero falar por aqui já tem um tempo. Acho que é o meu filme preferido. Acho que de longe é o meu filme preferido. De uma sensibilidade enorme, e ainda fala sobre um assunto que, acho, todo mundo sofre ou sofreu um dia. A solidão de estar conectado ao mundo, mas ao mesmo tempo a ninguém. 



Toda vez que vou a um encontro, sofro da mesma decepção de quando como um Big Mac.
  
Se passa em Buenos Aires (ooh), e conta a história de Martin (Javier Dolas) e Mariana (Pilar Lopez de Ayala), vizinhos, mas que não se conhecem. Ele cria sites e ela vitrines, apesar de ter feito arquitetura. Ambos tiveram longas relações recém terminadas. Ele ficou com o cachorro da ex e ela voltou para o apartamento de solteira. São tão diferentes, mas sofrem da mesma dor da solidão. 



Se apenas minha cabeça funcionasse tão bem quanto um Mac e eu pudesse esquecer de tudo com um clique.
  
 Medianeras, o título original, são as laterais dos prédios que viraram local de propaganda, daquelas que vemos nos grandes centros urbanos, e tem tudo a ver com a ideia do filme. Mas pra entender essa parte, tem que assistir... 






   Martin e Mariana têm encontros e desencontros, parece que o destino não os quer unir, convivem com a solidão buscando as pessoas erradas, quando a certa mora logo ao lado. Vivem com seus Macs ligados, mas com os olhos fechados à quem passa na rua. 

Tirar fotos. 
Um jeito de redescobrir a cidade e as pessoas. 
Procurar a beleza, mesmo onde ela não existe. 
Observar é estar e não estar. 
Ou talvez estar de um jeito diferente. 
- Martín.


Uma procura pela beleza onde ela não está aparente.

Observar é estar e não estar. Ou estar de outra maneira.
    
Ah esse filme é pura poesia... Literalmente! Há muitas citações incríveis, tanto vindo de um como de outro, até anotei algumas, de tanto que me identifiquei com elas. E outra coisa apaixonante é a fotografia do filme, com cenas lindas e focos incríveis, não sou especialista (nem de longe) no assunto, mas o diretor Gustavo Taretto fez mágica com as câmeras. A trilha sonora não é muito rica, mas tem uma música incrível... 





   E acabei de ver uma notícia maravilinda, dia 13 de agosto estreia mais um filme do mesmo diretor de Medianeras, Las Insoladas, e pelo trailer parece que vem mais coisas boas do cinema argentino por aí! Aguardarei ansiosamente e com certeza verei no cinema! 


Eu estou estranha, não sei porquê. 

Estar consciente de tudo apenas para viver um pouco mais é a pior coisa que podemos fazer.

  E, para a alegria geral da nação, Medianeras está no Netflix, e também no YouTube, numa qualidade não tão boa, mas pra quem não tem conta (nem dos amiguinhos) no Netflix, é uma pedida né. Acho que deve ter no MegafilmesHD também! Só não vale deixar de assistir, pra quem curte filmes diferentes, alternativos dos Hollywoodianos, é muito interessante, e até pra quem não gosta pode ser uma bela surpresa. 


  Para quem já assistiu, deixe seu comentário sobre o que achou! E pra quem vai assistir... conta aqui também depois! Bom filme! 


2 comentários:

  1. Eu não conhecia o filme, mas gostei da dica. Bom saber que está disponível no Netflix, vou me programar para assistir até o final de semana.

    Beijo, Van - Retrô Books
    http://balaiodelivros.blogspot.com.br/

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